terça-feira, 30 de agosto de 2016

Samsung lança dispositivo para deixar carro conectado a partir de chip 4G

Dispositivo é vendido exclusivamente pela AT&T nos EUA; ainda não há data prevista para o Brasil.
A Samsung lançou, durante a última semana, uma série de acessórios para acompanhar a chegada ao mercado norte-americano de seu mais recente smartphone, o Galaxy Note 7. Entre fones de ouvido e uma versão melhorada dos óculos de realidade virtual Gear VR, um dispositivo se destaca: o Connect Auto. 


Parecido com um pendrive ou um adaptador de tomada, o dispositivo poderá ser utilizado em qualquer carro para conectar o veículo, a partir de um chip habilitado para transmitir dados via redes 4G. 
Para funcionar, o dispositivo deve ser conectado à porta OBD II – utilizada nos carros dos últimos 20 anos para fornecer dados sobre o automóvel de forma eletrônica. Com isso, o Connect Auto consegue receber informações do veículo, e enviá-las para o usuário. 
Anunciado em fevereiro, o Connect Auto consegue disponbilizar sinal de Wi-Fi para até 10 dispositivos, desde que tenha um chip 4G em seu interior. Por enquanto, o aparelho está sendo vendido nos EUA exclusivamente para usuários da operadora AT&T – o preço varia de acordo com o plano contratado, mas o preço cheio do dispositivo é de US$ 109. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
  • Por Redação Link - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

China determina ritmo de inovação no mundo móvel

Gigantes de internet passam a adotar novos recursos em aplicativos que se popularizaram muito antes no país mais populoso do mundo



O aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos Snapchat usa códigos QR – que mais parecem tabuleiros de xadrez – para compartilhar informações com os usuários a partir de um simples toque na câmera do smartphone. O Facebook quer adicionar esse recurso aos serviços de chamada de táxis e de pagamentos dentro do aplicativo Messenger. Recentemente, a rede social e o Twitter iniciaram o serviço de streaming de vídeo ao vivo. Todos estes avanços têm algo em comum: ganharam popularidade primeiro na China. 
WeChat e Alipay são dois aplicativos chineses que há muito tempo usam os códigos QR em serviços para permitir que as pessoas paguem por compras e transfiram dinheiro. Ambos permitem aos usuários chamarem um táxi ou encomendarem uma pizza sem ter de mudar para outro aplicativo. O serviço de streaming de vídeo YY.com há anos transforma jovens chineses em “estrelas”, permitindo que eles posem, conversem e cantem diante da câmera do celular.
O Vale do Silício é a capital da tecnologia do mundo: ali nasceram as redes sociais e o iPhone e, depois, essas tecnologias se difundiram em todo o mundo. A conversa sempre foi de que a China segue na esteira do Vale do Silício, pois a censura do governo favoreceu a ascensão de versões locais do Google, YouTube e Twitter.
Mas o setor de tecnologia da China – em especial as desenvolvedoras de aplicativos móveis – de certo modo superou os Estados Unidos. Agora, as empresas ocidentais estão de olho nas chinesas em busca de ideias. “A China está cada vez mais na frente”, disse Ted Livingston, fundador do aplicativo de mensagens Kik, com sede nos EUA.
A China pode ter um grande papel na direção que o setor de tecnologia global vai seguir no futuro. Por lá, um grande número de pessoas já usa celulares para pagar contas, encomendar produtos, assistir vídeos e encontrar um namorado do que em qualquer outro lugar do mundo. No ano passado, o número de transações feitas em serviços de pagamento móvel superou os realizados nos EUA.
As maiores empresas de internet da China são as únicas no mundo que competem com os EUA em escala. Após o aplicativo de carona Didi Chuxing comprar a operação chinesa do Uber ficou claro que os chineses conseguem enfrentar as mais sofisticadas e maiores startups vindas dos EUA.
Especialistas indicam inúmeras áreas em que a China saltou primeiro. Antes de surgir o aplicativo de namoro online Tinder, os usuários na China já usavam um aplicativo chamado Momo. Antes de o presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos, discutir o uso de drones para entregas, a empresa de entregas chinesa S.F. Express já testava a ideia. O WeChat já oferecia o acesso mais rápido a notícias muito antes do Facebook lançar os artigos instantâneos. O aplicativo oferecia o envio de áudio antes do WhatsApp e permitia o uso de códigos QR muito antes do Snapchat.
“Essa história de que a China copia os EUA há anos deixou de ser verdadeira e, no caso da tecnologia móvel, ocorre até o oposto: os EUA, com frequência, copiam a China”, disse o fundador da empresa de pesquisa Stratechery, Ben Thompson. “No caso do Messenger do Facebook, a melhor maneira de entender sua trajetória é examinar o WeChat.”
A maior vantagem da China é que o país criou vários setores “do zero” no final da Revolução Cultural, em 1976. Ao contrário dos EUA, onde bancos e lojas já tinham forte acesso aos clientes, os bancos estatais chineses são ineficientes e as lojas nunca conseguiram um ritmo adequado para atender a uma classe média que cresce muito rápido.
Além disto, muitos chineses nunca compraram um computador, o que significa que o smartphone é o principal aparelho para as mais de 600 milhões de pessoas que o utilizam na China.
Desafios. Apesar disso, a China está atrasada em áreas importantes. Seus poderosos servidores de ponta e supercomputadores dependem, em grande parte, de tecnologia americana. Startups de realidade virtual estão bem atrás de colegas estrangeiros e o Google está à frente do Baidu no desenvolvimento do carro sem motorista.
Muitos dos produtos chineses também não têm o refinamento dos produtos oferecidos pelas suas concorrentes nascidas nos EUA.

Por Paul Mozur - THE NEW YORK TIMES
Tradução de Terezinha Martino - Estadão

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Idosos conectados geram demanda por inovação

Mais velhos usam cada vez mais a internet, mas ainda são deixados de lado por gigantes da tecnologia; evolução de recursos pode alavancar criação de novo filão de mercado para startups

Os idosos brasileiros estão cada vez mais conectados: nada menos que 5,2 milhões de pessoas acima dos 60 anos têm acesso à internet no País – 21% da população que está na terceira idade. É o que revela uma pesquisa recente do Instituto Locomotiva, liderado por Renato Meirelles (ex-Data Popular). No entanto, mais do que o vovô no Facebook ou a vovó que procura receitas na internet, esse é um público que está gerando demanda por novas tecnologias e têm dinheiro no bolso para gastar: o estudo do Locomotiva mostra que a renda anual dos idosos conectados do Brasil chega a R$ 330 bilhões.
“O mercado de tecnologia tem dificuldade de entender as pessoas mais velhas”, avalia Renato Meirelles, do Locomotiva. “Os jovens têm o desafio de explicar como usar a tecnologia de uma forma que aqueles que não são nativos digitais entendam.” Ao contrário do público infantil e juvenil, que têm um amplo leque de aplicativos e dispositivos específicos, as empresas prestam pouca atenção nos idosos: o Estado procurou as principais companhias de tecnologia em busca de produtos e serviços para a terceira idade, mas a maioria não respondeu aos pedidos de entrevista ou informou não oferecer nada para esse público.

Algumas delas mostraram soluções básicas de acessibilidade, como aumentar o tamanho das letras na tela do celular ou do computador – função disponível nos sistemas Windows, Android e iOS, por exemplo. “As letras e teclas grandes, com sistemas simplificados, não adiantam quase nada, mas são um começo”, avalia Martin Henkel, pesquisador da Senior Lab, consultoria especializada na terceira idade.
Oportunidade. Com o vácuo deixado pelas grandes empresas, há espaço para startups. Alguns dos poucos dispositivos para idosos em desenvolvimento no País são feitos por elas. Pioneiro, o “botão de socorro” Cuidador Digital é a única opção à venda. Usado pelo idoso como um colar, ele liga para um parente ou amigo quando é pressionado e transmite o som ambiente – mas não permite uma conversa entre os interlocutores, o que mostra uma deficiência no projeto.
“Meu pai era idoso e tinha problemas de saúde e eu pensei em criar um botão para ajudar idosos a pedir ajuda”, diz João Victor Mendes, sócio-fundador da Cuidador Digital, cujo produto é vendido por R$ 590.

Uma opção mais sofisticada, o relógio inteligente LinCare, elaborado pela startup mineira de mesmo nome, deve chegar às lojas em outubro. O dispositivo deixa o monitoramento na mão dos próprios usuários – mas é capaz de enviar avisos quando a pessoa sofre um desmaio. “Os idosos odeiam ser vigiados pelos parentes. Eles querem ser donos da própria vida”, diz Ana da Mata, cofundadora da startup.

O LinCare monitora as atividades cotidianas de seus usuários: com ajuda de inteligência artificial identifica hábitos, como a quantidade de idas ao banheiro, e lembra a pessoa sobre o horário dos remédios. “Se ele tem o costume de ir duas vezes ao banheiro e a frequência aumenta, nós informamos os parentes”, diz Ana. Se o idoso cair, o aparelho emite um alerta aos familiares por mensagem de texto e um atendente do call center da empresa liga para os responsáveis pelo idoso.
“Existe um mercado gigantesco, mas é preciso entender o que os idosos querem”, diz Ana da Mata, da LinCare. Assim como o Cuidador Digital, o dispositivo depende de um smartphone para funcionar – no entanto, só 44% dos idosos conectados têm esse tipo de dispositivo, segundo o Locomotiva.

Outra startup brasileira que aposta nesse filão é a EasyThings: na última semana, a empresa lançou no site de financiamento coletivo Kickante a campanha para financiar a fabricação de 5 mil unidades do EasyGlic, bracelete conectado que poderá ajudar diabéticos a diagnosticar hipoglicemia – falta de açúcar no sangue – pelo menos três minutos antes de um desmaio ou convulsão. O dispositivo monitora a temperatura corporal e o nível de suor para fazer a previsão.
“Os idosos e as crianças têm mais dificuldade em identificar os sintomas e comunicar que estão se sentindo mal”, diz Egmar Rocha, sócio-fundador da empresa, que está incubada na Universidade de Brasília. “Para o idoso, é difícil diferenciar a fome ou tontura causada pelos remédios com o estado de hipoglicemia. Queremos ajudar.”

Interação. A principal dificuldade de quem se propõe a criar tecnologias para este público é pensar em como será a interação entre a pessoa e o aplicativo ou dispositivo. Na aceleradora Berrini Ventures, que apoia apenas startups que criam produtos para a área de saúde, o maior desafio é ensinar aos empreendedores como melhorar a eficiência de uso de suas criações.
“Se eu faço um aplicativo cuja função é soar um alarme para avisar da hora do remédio, mas o idoso esquece o smartphone no mudo, não cumpri minha função”, diz o diretor da aceleradora, Fernando Cembranelli. “É preciso fazer testes com o público-alvo ativamente.” Criada por três médicos e apoiada por gigantes, como a farmacêutica Pfizer e a administradora de planos de saúde Qualicorp, a empresa já apoiou oito startups e se prepara para um novo ciclo de aceleração.
Para transformar uma residência em uma casa conectada – com sensores e recursos automatizados – é preciso avaliar bem a facilidade de uso do sistema antes de seguir com um projeto. “Às vezes, até ligar uma televisão pode ser difícil para um idoso, quanto mais controlar um sistema”, diz José Roberto Muratori, presidente da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside).
Segundo o executivo, tecnologias “pervasivas”, que usam sensores de presença, por exemplo, monitoram idosos sem invadir sua privacidade – e sem exigir que eles interajam diretamente com um aplicativo. É possível, por exemplo, receber um alerta se a pessoa deixar a residência e demorar para voltar. “Na automação residencial, o céu é o limite”, diz Muratori. “Mas com investimento de cerca de R$ 2,5 mil, é possível montar um sistema com dois sensores de presença e um sensor de abertura de portas em locais estratégicos da casa, como a porta de saída e o banheiro.”

Evolução. Há avanços que podem auxiliar a inclusão digital dos idosos: um deles é a popularização de dispositivos com tela sensível ao toque. Depois dos smartphones e tablets, a tecnologia começa a ganhar computadores de mesa e notebooks. “Usar o mouse é uma grande dificuldade na terceira idade. Não é natural usar um dispositivo para mirar e apontar algo na tela”, avalia Gustavo Lang, diretor de Windows no Brasil. “Quando as pessoas tocam na tela, a experiência se torna mais humana.”

Outro aspecto que pode auxiliar as pessoas mais velhas são os assistentes pessoais que possuem tecnologia de reconhecimento de voz. Eles já estão presentes no Brasil nos smartphones com Android (Google Now) e iOS (Siri), bem como nos computadores com Windows 10 (Cortana). Com uso de inteligência artificial, esses programas “escutam” o usuário e fazem pesquisas, criam lembretes ou leem e-mails do usuário.

Alguns dispositivos que se propõem a ser o “coração” da casa conectada no futuro vão além. É o caso do Amazon Echo e do Google Home, caixas de som inteligentes fabricadas pela Amazon e pelo Google, respectivamente. A primeira, que é vendida apenas nos EUA por US$ 180, utiliza a assistente pessoal Alexa. A segunda não tem previsão de lançamento.

Elas prometem tornar tarefas – como acender lâmpadas e, até mesmo, colocar a máquina de lavar para cuidar da roupa suja – tão fáceis quanto conversar com os netos no almoço de domingo, o que deve transformar a interação com a tecnologia.

Por Bruno Capelas e Matheus Mans - O Estado de S.Paulo

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Startup paulista participa de missão da Investe SP à Colômbia e abre primeira base no exterior

Após contato com potenciais clientes, Tec Mobile percebe necessidade de presença fora do Brasil e conta com apoio da Agência para processo de internacionalização.



Graças à missão promovida pela Investe SP, Barros pode conhecer a demanda de seus clientes por uma unidade da empresa em Bogotá.

A Tec Mobile, uma das pequenas empresas paulistas que participou da primeira missão comercial realizada pela Investe São Paulo dentro do programa SP Export, acaba de fechar uma parceria para sua primeira base fora do Brasil, em Bogotá, Colômbia. A empresa aluga tablets e outros equipamentos tecnológicos móveis para uso em pesquisa, credenciamento de eventos, entre outros.

“A consultoria contratada pela Investe SP na Colômbia nos ajudou a entrar em contato com diversas empresas de pesquisa no País, e a maior parte delas fez uma única pergunta: “quando vocês vão se instalar aqui?”, conta Evandro Barros, gerente administrativo da Tec Mobile.

Segundo ele, a startup já tinha planos de começar a operar em outros países da América do Sul, mas a missão possibilitou que esse processo se acelerasse. “Se eu tivesse que ir sozinho bater de porta em porta e descobrir as empresas que mais se interessariam pelo meu produto, poderia demorar anos. E desde quando tivemos a ideia até agora, quando firmamos a sociedade com a representante na Colômbia, só se passaram seis meses”, afirma.

A missão foi realizada entre os dias 13 e 17 de junho nas cidades de Bogotá e Lima, no Peru, com mais de 40 empresários que participaram de quase 400 reuniões. A expectativa é que eles estejam gerando mais de R$ 120 milhões em negócios. O projeto faz parte do Programa Paulista de Apoio às Exportações, o SP Export, realizado por meio de convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil.

“A internacionalização da Tec Mobile é só um exemplo dos muitos outros casos de sucesso que vamos observar daqui para frente. Estamos somente há nove meses trabalhando com a exportação e os resultados já estão cada vez mais palpáveis”, disse o presidente da Investe São Paulo, Juan Quirós. A agência de promoção de investimentos e exportações é ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo a gerente de exportações da Investe SP Silvana Scheffel, a ideia é que a Tec Mobile também seja apoiada pelo SP Export por meio de outra frente, o Programa de Extensão Industrial Exportadora, o Peiex. “Vamos ajuda-los a estruturar-se de forma adequada para a internacionalização, tanto em questões administrativas quanto práticas. E o nosso núcleo de apoio também vai aprender muito com o caso dessa empresa, já que a exportação será muito  mais de um serviço do que um produto”, explicou Silvana.

A Tec Mobile hoje conta com seis funcionários no Brasil, com foco no desenvolvimento de aplicações tecnológicas e no aluguel de tablets. Em sua carteira de clientes estão grandes players, de diversos setores, como Google, Adidas, Samsung, Gol, Volkswagen, Mercedes-Benz, entre outros.

Além de alugar equipamentos, a empresa se destaca por cuidar de toda a parte logística de seu uso, fazendo transporte, manutenção e até mesmo assistência por telefone.

“No começo, vamos utilizar nossa base em São Paulo para operacionalizar o serviço na Colômbia. Toda a parte financeira, administrativa e de marketing digital vão continuar por aqui. Mas dependendo do nosso crescimento e do aumento da demanda, a ideia é que a unidade em Bogotá torne-se uma réplica da brasileira mais à frente”, afirma Barros.

A operacionalização do serviço será feito por meio de uma representante da Aserto Negócios, facilitadora colombiana com sede em Bogotá. As duas empresas estão fechando parceria para que a empresa colombiana já comece a funcionar no dia 1 de agosto.

Marina Guimarães – Investe SP


Realidade aumentada vai além do Pokémon Go

A realidade aumentada, que impulsionou a “febre” do jogo Pokémon Go, tem um único objetivo: permitir projeções de conteúdo virtual no mundo real. Aplicativos permitem que, ao olhar para a tela de um smartphone, tablet ou óculos especiais, as pessoas vejam criações virtuais que interagem com o ambiente ao redor, o que garante uma experiência que mescla ficção e realidade. Uma instituição de ensino que enxergou há anos os benefícios da realidade aumentada é o Serviço acional de Aprendizagem Industrial (Senai). As escolas da rede passaram a adotar, em 2010, livros com recursos possibilitados pela tecnologia. O aluno aponta a câmera do celular para o livro didático e vê na tela as figuras impressas projetadas em três dimensões. A aplicação de realidade aumentada usada pela instituição passou por evoluções nos últimos anos: hoje, os alunos conseguem movimentar projeções de peças, por exemplo, em 360 graus com alguns toques na tela do aparelho.

Inspeção. A realidade aumentada não beneficia apenas estudos e instituições de ensino. Fábricas também já começam a enxergar na tecnologia uma possibilidade de ganhar tempo e economizar dinheiro.
A General Electric (GE), por exemplo, já está testando o recurso como uma forma de facilitar inspeções em plantas industriais no Brasil. Há poucos meses, a empresa fez seu primeiro teste em uma plataforma de petróleo. Os engenheiros responsáveis, em vez de ler manuais e guias para a inspeção, simplesmente passaram a apontar a câmera de um tablet para os equipamentos, como se estivessem filmando-os.
“O engenheiro consegue ver na tela se é preciso apertar uma válvula, trocar alguma peça daquela máquina”, conta o líder da área de software do centro de pesquisas global da GE no Brasil, Marcelo Blois. “Com a realidade aumentada, o engenheiro ganha um assistente virtual que o auxilia em tempo
real. O ganho que isso traz é extraordinário.” Desafios. Segundo especialistas, porém, as experiências em realidade aumentada ainda estão em estágio inicial porque dependem que os fabricantes desenvolvam uma nova geração de dispositivos – que vão de sensores até óculos especiais para esse tipo de aplicação. Eles poderão garantir uma experiência mais avançada do que as atuais. Mas isso leva tempo – e custa muito dinheiro.
Por Matheus Mans - O Estado de S.Paulo