terça-feira, 9 de agosto de 2016

Realidade aumentada vai além do Pokémon Go

A realidade aumentada, que impulsionou a “febre” do jogo Pokémon Go, tem um único objetivo: permitir projeções de conteúdo virtual no mundo real. Aplicativos permitem que, ao olhar para a tela de um smartphone, tablet ou óculos especiais, as pessoas vejam criações virtuais que interagem com o ambiente ao redor, o que garante uma experiência que mescla ficção e realidade. Uma instituição de ensino que enxergou há anos os benefícios da realidade aumentada é o Serviço acional de Aprendizagem Industrial (Senai). As escolas da rede passaram a adotar, em 2010, livros com recursos possibilitados pela tecnologia. O aluno aponta a câmera do celular para o livro didático e vê na tela as figuras impressas projetadas em três dimensões. A aplicação de realidade aumentada usada pela instituição passou por evoluções nos últimos anos: hoje, os alunos conseguem movimentar projeções de peças, por exemplo, em 360 graus com alguns toques na tela do aparelho.

Inspeção. A realidade aumentada não beneficia apenas estudos e instituições de ensino. Fábricas também já começam a enxergar na tecnologia uma possibilidade de ganhar tempo e economizar dinheiro.
A General Electric (GE), por exemplo, já está testando o recurso como uma forma de facilitar inspeções em plantas industriais no Brasil. Há poucos meses, a empresa fez seu primeiro teste em uma plataforma de petróleo. Os engenheiros responsáveis, em vez de ler manuais e guias para a inspeção, simplesmente passaram a apontar a câmera de um tablet para os equipamentos, como se estivessem filmando-os.
“O engenheiro consegue ver na tela se é preciso apertar uma válvula, trocar alguma peça daquela máquina”, conta o líder da área de software do centro de pesquisas global da GE no Brasil, Marcelo Blois. “Com a realidade aumentada, o engenheiro ganha um assistente virtual que o auxilia em tempo
real. O ganho que isso traz é extraordinário.” Desafios. Segundo especialistas, porém, as experiências em realidade aumentada ainda estão em estágio inicial porque dependem que os fabricantes desenvolvam uma nova geração de dispositivos – que vão de sensores até óculos especiais para esse tipo de aplicação. Eles poderão garantir uma experiência mais avançada do que as atuais. Mas isso leva tempo – e custa muito dinheiro.
Por Matheus Mans - O Estado de S.Paulo

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